PP e Vox mostram preocupação com o último 'plug' na Embaixada nos EUA e exigem máxima transparência

No Partido Popular e no Vox leram a notícia de que o ABC está na primeira página desta segunda-feira sobre o 'plug' do marido da ex-ministra socialista Carmen Montón na embaixada espanhola nos Estados Unidos, e manifestaram sua preocupação sobre o dano que mais uma vez causa às instituições do Estado. Por isso, exija a máxima transparência para conhecer todos os detalhes dos processos de contratação opacos, que beneficiaram pelo menos 5 pessoas.

O vice-secretário de Economia do PP, Juan Bravo, reuniu-se este mês, juntamente com o secretário-geral, Cuca Gamarra, com os assessores da Fazenda do partido e a equipe econômica desta formação política. Bravo se apresentou à mídia para defender sua proposta tributária e alertar que o novo 'imposto sobre os ricos' anunciado pelo governo representa uma invasão de poderes das comunidades autônomas.

Na rua da imprensa, Bravo se referiu à informação da ABC sobre o contrato opaco do marido do ex-ministro Montón na Embaixada nos Estados Unidos. O director do PP enquadrou-o no processo de lesar instituições por parte do Governo, algo que já atingiu o CIS, a CNI, a RTVE ou o INE, como denunciou.

“E agora as embaixadas também, que são a nossa imagem pública no exterior”, destacou. Por isso, comentou sua preocupação com esse mau uso das instituições, "que não é o primeiro, e esse é o problema".

“Portanto, vemos com a correspondente preocupação”, anunciou o secretário adjunto do PP, que exigiu a máxima transparência para saber como tem sido todo o processo que afeta esta pessoa e pelo menos outras quatro na mesma embaixada. “Não é a melhor imagem que estamos dando no exterior”, ressaltou.

"muito sério"

Também na sede nacional do Vox, na Calle de Bambú, em Madri, ecoaram a notícia da ABC, após a reunião semanal de seu Comitê de Ação Política. Questionado em conferência de imprensa, o vice-presidente político do partido, Jorge Buxadé, qualificou os acontecimentos denunciados por este jornal como "muito graves" e exigiu que fosse encerrado "com o dedo e a ficha".

"Devemos revalorizar a figura do funcionário público que adquire o seu cargo por mérito e capacidade", disse o eurodeputado, que é advogado do Estado de profissão. “Vemos [esse tipo de nomeação] do gabinete da Presidência para todas as administrações”, aprofundou, e denunciou a existência de “centenas de interinos” que aguardam a convocação de novos cargos na administração pública. “Rejeição absoluta. O que deve ser feito, se essa notícia se confirmar, é demitir o marido e o ministro”, acertou.