SEGUIR, CONTINUAR
Antes de tomar posse em 7 de agosto, a primeira coisa que o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, fez foi ligar para seu amigo venezuelano Nicolás Maduro para falar sobre a reabertura da fronteira binacional, fechada pelo governo de Iván Duque devido às tensões bilaterais entre os dois países e ao Covid.
A reabertura da fronteira entre os países sul-americanos, que soma 2.341 quilômetros e também implica a retomada das relações diplomáticas, foi uma das promessas eleitorais de Petro antes de conquistar a Presidência da Colômbia com 50,44% dos votos neste domingo.
O que chamou a atenção nesta quarta-feira é que o presidente eleito revelou sua comunicação com o presidente chavista por meio de sua conta no Twitter, que mostra seus laços estreitos com o regime bolivariano.
"Eu me comuniquei com o governo venezuelano para abrir as fronteiras e restaurar o pleno exercício dos direitos humanos na fronteira", escreveu Petro.
Eu me comuniquei com o governo venezuelano para abrir as fronteiras e restabelecer o pleno exercício dos direitos humanos na fronteira.
– Gustavo Petro (@petrogustavo) 22 de junho de 2022
Nos 23 anos em que o chavismo governa a Venezuela, as relações com seu vizinho foram acidentais e suspensas em várias ocasiões, a ponto de não haver representações diplomáticas em suas respectivas embaixadas e não haver passagem migratória, comercial, terrestre ou aérea. Antes do rompimento das relações bilaterais, a fronteira terrestre entre as cidades de Cúcuta e as de San Antonio e San Cristóbal, do lado venezuelano, era a mais dinâmica e intensa da região andina, o que representava um intercâmbio comercial de 7.000 bilhões de dólares.
pedido de Maduro
Há dois dias, o regime de Nicolás Maduro pediu a Petro que abordasse esta questão: “O Governo Bolivariano da Venezuela expressa a mais forte vontade de trabalhar na construção de um passo para renovar as relações abrangentes para o bem comum da nação que compartilhamos. em duas repúblicas soberanas, cujo destino nunca poderá ser a indiferença, mas sim a solidariedade, a cooperação e a paz dos povos irmãos”, indica o comunicado oficial.
Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana e reconhecido como presidente da Venezuela em mais de 50 países, também se pronunciou sobre a vitória de Petro, destacando a realização de eleições livres e justas na Colômbia e sublinhando seu desejo de que a Venezuela possa fazê-lo. também.
“Defendemos que a gestão do novo presidente Gustavo Petro mantenha a proteção dos venezuelanos vulneráveis em seu país e acompanhe a luta da Venezuela para recuperar sua democracia. Venezuela e Colômbia são países irmãos com as mesmas raízes e lutas históricas”, escreveu ele no Twitter.
.