Esqueletos sem cabeça descobertos em cemitério romano na Inglaterra

Arqueólogos britânicos escavando um cemitério romano tardio em Buckinghamshire, Inglaterra, com cerca de 425 sepulturas, descobriram vários esqueletos decapitados com a cabeça entre as pernas ou ao lado dos pés. Isso é cerca de 10% dos enterrados lá. Especialistas acreditam que podem ser restos mortais de criminosos ou párias, embora digam que a decapitação é conhecida de outros lugares e parece ter sido um rito fúnebre normal, embora marginal, no final do período romano.

As escavações foram realizadas em Fleet Marston, perto de Aylesbury, como parte das obras ferroviárias de alta velocidade HS2. Lá, uma equipe de cerca de 50 arqueólogos descobriu os restos de uma cidade romana que lançou luz sobre a vida na Grã-Bretanha romana há dois mil anos.

um broche romanoUm broche romano – HS2

O trabalho desenterrou uma série de recintos contendo evidências de estruturas domésticas, além de atividades comerciais e industriais. Esses recintos se desenvolveram em ambos os lados de uma importante estrada romana que ligava a cidade de Verulamium (agora St Albans) com Corinium Dobunnorum (agora Cirencester) e passava por Alchester (perto de Bicester).

Um dado encontrado nas escavações.Um dado encontrado nas escavações – HS2

Os arqueólogos também descobriram mais de 1200 moedas, bem como vários pesos de chumbo, indicando que esta era uma área de comércio e comércio. Outros objetos de metal também foram encontrados, como colheres, alfinetes e broches, de cunho mais doméstico, além de jogos de dados e sinos que sugerem que jogos e atividades religiosas também ocupavam o tempo do local.

Uma moeda descoberta em Fleet MarstonUma peça descoberta na Fleet Marston – HS2

Como eles apontam em um comunicado à imprensa, "Além de ser o lar de muitos habitantes, a colônia foi provavelmente um importante ponto de parada para viajantes e soldados que passavam por Fleet Marston a caminho da guarnição de 'Alchester'.

O arqueólogo Richard Brown considera esta escavação “significativa” porque permite uma melhor compreensão de como era esta cidade romana e o estudo dos seus habitantes.