Dezessete desaparecidos e pelo menos 77 feridos em um grande incêndio em Cuba

Pelo menos 17 pessoas estão desaparecidas e 77 feridas, três delas em estado crítico, é o resultado do grande incêndio que começou na noite desta sexta-feira na Base de Superpetroleiros em Matanzas, Cuba, como resultado de uma descarga elétrica que atingiu um tanque de 50.000 metros cúbicos de petróleo bruto.

Rigel Rodríguez Cubells, diretor da Divisão Territorial de Comercialização de Combustíveis de Matanzas, explicou que a Base de Superpetroleiros —que tem oito tanques— possui um sistema de pára-raios, mas aparentemente a descarga foi maior do que poderia proteger.

Até agora, as autoridades não conseguiram extinguir o fogo, que se espalhou para um quarto tanque de armazenamento de combustível. "A força das chamas ainda é forte e pode ser vista de vários pontos da cidade", disse o jornal Girón, um meio de comunicação local.

Deixamos agora o local do incêndio em Matanzas. Isso mantém o tanque de combustível ligado e reduz o resfriamento a água do tanque de combustível mais próximo, reduzindo a chance de propagação do fogo. Mais uma vez os Bombeiros estão fazendo proezas. pic.twitter.com/ZHclPo1JET

– Manuel Marrero Cruz (@MMarreroCruz) 6 de agosto de 2022

Evacuação

De acordo com o jornalista Mario J. Pentón, os habitantes da cidade estão evacuando por meios próprios por medo de que o fogo se espalhe e também para evitar os danos causados ​​pelos gases tóxicos que já cobrem grande parte dos céus da região, atingindo até em Havana, a mais de cem quilômetros do incêndio.

As autoridades cubanas enviaram várias unidades de resgate e salvamento. Em várias imagens, helicópteros são vistos carregando água da baía para tentar resfriar os tanques que estão próximos à área queimada. No entanto, o trabalho não teve sucesso, o fogo ainda está fora de controle e, por isso, o governo cubano pediu ajuda e conselhos de países com experiência em petróleo.

“A ajuda internacional é necessária. As imagens me lembram Chernobyl. Aconselho todas as pessoas de Matanzas a ficarem longe do local para se salvarem dos gases tóxicos”, alertou Pentón, jornalista cubano radicado em Miami.

Presume-se que os desaparecidos sejam, em sua maioria, jovens entre 17 e 19 anos, que cumpriram o serviço militar nas unidades de resgate e resgate, e foram enviados para apagar o incêndio.